Sobre o Liceu


Inaugurado em 07 de novembro de 1953, o Liceu Municipal Prefeito Cordolino Ambrósio completou este ano 61 anos de ininterrupta atividade, ou sejam, 62 anos de inestimáveis serviços prestados à causa da educação no Município de Petrópolis.
Instituições de ensino como o Liceu Municipal Prefeito Cordolino Ambrósio, beneficiam-se da colaboração indefinida dos que a ampararam e prestigiaram, pagando-lhes o trabalho e a dedicação com a compreensão, o respeito e o reconhecimento das gerações que se renovam.
Cumpre, portanto, registrar o reconhecimento a todos os que contribuíram para que este educandário pudesse existir e se manter por tantos anos, sempre promovendo a valorização do ensino em nossa cidade.
Aproveitemos, pois, o ensejo para recordar um pouco a bela história desse Educandário.
Em 22 de julho de 1952, o então prefeito municipal Cordolino José Ambrósio, empreendedor e laborioso, sensível aos valores da educação e da cultura, enviou à Câmara Municipal mensagem propondo a criação da Escola Comercial de Petrópolis e do Ginásio Municipal.
Na ocasião, vinha funcionando, mantido pela Prefeitura Municipal, o Liceu de Artes e Ofícios que, além de nunca ter possuído um local condigno para o seu funcionamento, vinha ministrando cursos, diga-se de passagem, com muita eficiência, mas que não eram reconhecidos pelo Ministério da Educação e Saúde.
Em conseqüência, a solução encontrada pelas autoridades educacionais do Município foi transformar o mesmo em Escola Comercial do Município de Petrópolis, organizando-a de conformidade com a Lei Orgânica do Ensino Comercial, para que pudesse a mesma ser registrada na Diretoria do Ensino Comercial e pudessem ser validados os diplomas por ela expedidos.

Quanto ao Ginásio Municipal, fora o mesmo criado pela Deliberação nº 242, de 14 de dezembro de 1950, com a finalidade de absorver a demanda estudantil das "escolas primárias" do Município. Entretanto, por falta de verbas, local e prédio necessários à sua instalação, esta obra só viria a tornar-se realidade quando o prefeito municipal obteve junto ao ministro Ernesto Simões da Silva Freitas Filho, jornalista baiano, "espírito combativo, destemido político e destacado vulto da política nacional", na ocasião, ocupando o cargo de Ministro da Educação e Saúde, o apoio financeiro necessário à construção de um prédio que obedecesse a todos os requisitos exigidos pelo referido ministério.

Nova Deliberação foi então enviada à Câmara Municipal, objetivando atender às exigências da Portaria Ministerial nº 501, de 19 de maio de 1952.
A Câmara aprovou em 1ª e 2ª discussão, em regime de urgência, com dispensa das formalidades regimentais, em reunião realizada em 25 de julho de 1952, os citados projetos e o prefeito municipal promulgou as Deliberações nºs. 347 e 348, em 30 de julho de 1952, criando o Ginásio e a Escola Comercial do Município de Petrópolis.
Logo após, foi iniciada a construção do prédio, cujo projeto foi de autoria do engenheiro Cirênio Ambrósio, o qual por longo tempo havia trabalhado com Oscar Niemeyer, cabendo à firma Sebastião A. da Rocha & Cia. Ltda. a execução da obra.
O chefe do executivo, sempre atento e zeloso, acompanhou com grande interesse a evolução da obra, visitando-a praticamente todos os dias.
Numa dessas visitas, com a obra já quase concluída fez-se acompanhar da extraordinária artista Djanira da Mota e Silva, sem dúvida um dos valores mais expressivos da arte primitivista em nosso país, a quem devemos a extraordinária obra de arte, o magnífico painel que embeleza e enriquece o Salão Nobre do Liceu.
Selecionando elementos da tradição popular da sociedade petropolitana, a artista conseguiu combiná-los com tal maestria, imprimindo-lhes um magnetismo tão forte, que ele nos transmite uma sensação de vida, raramente encontrada em outras obras do gênero.
Assim, a autora conseguiu retratar, num estilo futurista, toda Petrópolis antiga, vendo-se o Museu Imperial, a estação da Leopoldina e sua primeira locomotiva, operários trabalhando com picaretas e teares, jovens modelando aparelhos na cerâmica, tudo em cores variadas.
Observando com atenção esta obra de arte, logo percebemos a intenção da artista e concluímos que sua presença neste espaço nobre do educandário, não objetiva preencher tão somente um espaço vazio ou servir apenas como um elemento decorativo.

Neste sentido, Djanira logo vislumbrou a expressão histórica e cultural da obra que ali estava sendo construída e pretendeu colocar ao alcance dos futuros alunos daquele educandário uma obra de arte, capaz de contribuir para a reflexão e percepção dos mesmos e, ao mesmo tempo, despertar neles um crescente interesse em relação à evolução histórica local.
Na criação do Liceu Municipal, contou o prefeito Cordolino Ambrósio com a valiosa cooperação do então Diretor da Inspetoria de Ensino, o ilustrado professor Décio Duarte Ennes que, no desempenho do referido cargo, vinha realizando um trabalho digno de nota, reorganizando o ensino municipal, reaparelhando escolas, fornecendo gratuitamente material escolar aos alunos e procurando elevar o nível de aproveitamento dos mesmos.
Mais tarde, como primeiro diretor do Liceu, o saudoso educador envidou todos os seus esforços no sentido de torná-lo um educandário modelo, com todos os requisitos da moderna pedagogia, imprimindo à administração do mesmo, um rigor e uma seriedade que, aliados à dedicação de um luzidio corpo docente, iriam marcar a brilhante trajetória do educandário em tela.
Foi o Liceu Municipal inaugurado em 07 de novembro de 1953, em solenidade que contou com figuras as mais representativas do país, destacando-se entre elas: o dr. Geraldo Mascarenhas, representando o Presidente da República; o dr. Ernesto Simões da Silva Freitas Filho, Ministro da Educação e Saúde; o deputado Celso Peçanha, representante do Vice-Governador do Estado; o dr. Roberto Silveira, Secretário do Interior e Justiça do Estado do Rio e o Cel. João Saraiva, Comandante do 1º Batalhão de Caçadores.
Na ocasião, o deputado Murilo Cabral e Silva, de saudosa memória, num feliz improviso, como que vislumbrou a destinação histórica e cultural da obra, ao lembrar uma frase de Horácio, dizendo que o prefeito Cordolino Ambrósio, com a construção do Liceu Municipal poderia repeti-la: "Construí um monumento mais duradouro que o Bronze".

O ideal dos criadores do Liceu Municipal sempre encontrou ressonância em seu corpo de professores, que soube dar vida e sentido ao processo educativo, fazendo com que, em cada sala de aula deste educandário, desabrochassem e crescessem a inteligência e o respeito ao próximo. Ainda hoje, os professores do Liceu Municipal têm sabido viver como poucos, a grandeza do Magistério e a riqueza do Educador.
Que o Liceu Municipal Prefeito Cordolino Ambrósio continue sua fecunda e brilhante trajetória, servindo e engrandecendo a causa da Educação.


Atualmente a escola conta com uma equipe de funcionários composta por 200 pessoas entre professores, gestores e equipe de apoio, que fornece aos mais de 1.700 alunos do Liceu Municipal Prefeito Cordolino Ambrósio total inclusão a todos os projetos disciplinares executados pela instituição.

Vários projetos foram incluídos.

Saiba mais destes programas abaixo:

· Banda Marcial Imperador D. Pedro I;
· Coral Voz Imperial;
· Guarda de Honra;
· Projeto Mais Educação;
· Sala de leitura;
· Sala de Multirecurso;
· Laboratório de Informática;
· Gabinete Dentário;
· Ginásio Poliesportivo.

Desde 2012 o Liceu é dirigido pela Renata Martins.

1 comentários:

estudei no liceu fazendo 5 anos de estudo..Muita saudades..Amei o Liceu.Ai que aprendi demais a estudar, a raciocinar, 3 linguas diferentes do Portugues..Queria ter a historia deste magnifico colegio. Que ele continue a crescer. Beijos a todos que estudaram nele ou trabalharam ou estudam ou trabalhar.

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